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Larapia! (2)

"um mundo sem mar ainda é mundo pra alguém? e esse alguem saberá, algum dia, q a gente se rende ao mundo daqueles q a gente quer bem?"

A vontade de chorar.

As mãos da vida se aproximam lentamente,
a falta de ar começa a aparecer,
E é aí que elas envolvem seu pescoço
e se fecham cuidadosamente.
Sem apertar demais,
sem deixar de se fazer sentir.

Queria fugir.
Fugir sem me preocupar com o que ficou,
Sem me importar com quem sofreu.

Queria fugir.
Sem recolher as roupas do chão,
Sem dizer adeus.

Queria fugir.
sem nome, sem vida,
sem história, sem rumo.

Queria fugir.
Me esconder do mundo,
apagar o passado,
diminuir as dores.

Queria fugir.
pra longe do que me consome,
pra longe até mesmo de mim.

Chorei, briguei, ri, corri, beijei, sonhei, sofri, temi, dancei, abracei, dormi, fugi, vivi...
Engana-se quem pensa que eu finalmente voei.
Foi só o vento que me levou.
Me puxou pelo braço e me fez esquecer de tudo.
O vento que me arrastou por sensações ruins,
que me fez querer o pranto nos momentos em que o sorriso era inevitável.
O vento que hoje me faz duvidar de quem sou.
(E de muito do que está registrado aqui...)
O vento dessa tempestade que teima em cair.


**O blog estava abandonado porque eu precisava de um tempo sem fugir dos problemas, sem me esconder neste cômodo e frio espaço eletrônico que tantas vezes me acolheu.
Voltei sem conseguir nada disso, voltei sem nem ao menos entender se realmente voltei.

Amar

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui…além…
Mais este e aquele, o outro e toda a gente….
Amar!Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!…
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar.

E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder… pra me encontrar…


(Florbela Espanca)

Porque eu sempre fui louca por tudo o que vem com essa assinatura!

Montanha Russa

Ou tudo, ou nada.
Ou pouco, ou muito.
Ou carinho, ou tapa.
Ou sussuro, ou grito.
Ou pensar, ou agir.
Ou parar, ou seguir.
De um extremo ao outro,
minha vida segue sem se definir!
Um dia paro de fugir do real.
Um dia canso de correr de mim.
Um dia desisto de buscar
essa felicidade enlatada,
que tanto gostaria de ingerir!